Henri Michaux

Na noite
Na noite
Na noite
Eu uni-me à noite
À noite sem limites
À noite.
Minha, bela, minha.
Noite
Noite de nascimento
Que me enche do meu grito
Das minhas espigas.
Tu que me invades
Que marulhas, marulhas
Que marulhas a toda a volta
E fumega, és tão densa
E muge
És a noite.
Noite que jaz, noite implacável.
E a sua fanfarra, e a sua praia
A sua praia ao alto, a sua praia em toda parte
A sua praia bebe, a sua lei é rei, e tudo se enleia sob ela
Sob ela, sob mais fino que fino
Sob a noite
A noite.
Trad.: Margarida Vale de Gato
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