Mundo ao Leo

Esse blog não é um diário. É um compartilhar de como vejo o mundo. É uma mensagem numa garrafa jogada ao mar, pronta para algum navegante pegar na rede. lsmsoares@gmail.com

sábado, junho 24, 2006

Minha visão sobre o Aikidô (orkut)

Vou colocar aqui duas respostas minhas da comunidade Aikidô Brasil, pois às vezes tenho a impressão de que: ou não estou sabendo me expressar direito ou estou respondendo no lugar errado. Eu adoro Aikidô, mas sempre me deparo com aikidoístas fanáticos que não conseguem ver que existem limites para o Aikidô, que com ele não vamos aprender a voar nem parar bala com os dentes.


Pergunta: Aikido é uma boa arte para auto-defesa ?? Quanto tempo de treino até a pessoa conseguir se defender ?


Resposta: Não menos que 5 anos 02/06/2006 14:43


E mesmo assim se você for um aluno dedicado. Dependendo do enfoque do seu professor, nem em 10 anos.


O Aikidô é sofisticado, e nem de longe é o caminho mais curto para este objetivo. E eu ainda tenho dúvidas se todos os antigos praticantes dessa arte adquirem as habilidades necessárias para isso.


Acho o Aikidô mais indicado para "guerras campais" (possibilidade de múltiplos atacantes com objetos)ou como controle por forças policiais.


No mano-a-mano (com ambiente limpo e somente um adversário) o jiu-jitsu ou Boxe Tailandês são mais indicados.


Se você quer aprender a se defender logo, vá praticar Boxe Inglês. È rápido e eficiente.



Pergunta: Mas o Aikidô não é a melhor arte-marcial do mundo, superior a tudo que tem por aí? (adaptação)


Resposta: Qual é a melhor arma? 11/06/2006 10:32


Não sei se fui claro das minhas opniões quando respondi no início do tópico.


Na comunidade de espadas/esgrima/armas medievais sempre alguém vem com a pergunta: "Qual é a melhor arma?" Sempre respondo: "Depende do que você quer."


Veja: Se eu estou num batalhão numa formação apertada contra um grupo a cavalo, talvez o conjunto lança/espada curta seja o mais indicado.


Se estou lutando em um ambiente aberto com múltiplos atacantes, pouca formação devido ao relevo, o conjunto de armas deve ser bem diferente. Talvez um machado curto e uma espada curta seja um conjunto bom.


As espadas de diferentes formatos e pesos são ferramentas, e servem para propósitos diferentes. Uma Claymore é melhor pra uma coisa, uma Rapier pra outra. Se você ainda está na fase de que a katana é a espada suprema, você ainda não entendeu nada.


O Aikidô é uma arte marcial muito própria, mas não é indicada para todos os casos e situações. É claro que se uma pessoa treina todos os dias noção de distância e movimentação, ela vai ter uma superioridade num combate, mas existem outras técnicas de auto-defesa que talvez sejam mais interessantes para o seu propósito.


Um exemplo de Aikidô (Steven Seagal): http://www.youtube.com/watch?v=7Vqi8wPXD0c&search=Steven%20Seagal


Ou ainda (novamente Steven Seagal): http://www.youtube.com/watch?v=SM96FLDW72Y&search=Steven%20Seagal


Um exemplo de Kick-boxing (Iron Mike): http://www.youtube.com/watch?v=_ZBaK3lI23k&search=iron%20mike


Foto do tópico (de Magnus Hartman): http://www.aikido-international.org/exhibit/Dojokids/DK4.htm



A Morte Devagar

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.


Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.


Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.


Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.


Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.


Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.


Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.


Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.



Sobre o(a) autor(a): Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 1961. Formada em Publicidade. Escreveu livros de poesias e de crônicas, seu mais recente lançamento é o livro de ficção: Divã. Martha é cronista do jornal Zero Hora.

sexta-feira, junho 23, 2006

O Jogo do Exterminador (Ender's Game)

O livro é maravilhoso, intenso: uma obra prima da Ficção Científica. A FC de qualidade nos tira de nosso mundo (e com isso quebra nossos paradigmas), nos coloca de frente com nossa verdadeira natureza. O livro é diversão para todos, mas vai falar fundo ao mundo masculino.

Orson Scott Card foi o primeiro escritor a receber os prêmios Hugo e Nébula por dois anos consecutivos: primeiro pelo "O Jogo do Exterminador", e depois por "Orador dos Mortos", sua continuação.

A adaptação pro cinema já está acertada pela Warner Bros, terá como roteirista o próprio Orson Scott Card, o diretor será o mesmo de Tróia (Wolfgang Petersen). Previsão para o lançamento em 2008.

Site Oficial do autor:http://www.hatrack.com/

quinta-feira, junho 22, 2006

Depois de um tempo

Depois de um tempo você aprende
a sutil diferença entre
segurar uma mão e acorrentar uma alma
e você aprende que amar não significa apoiar-se
e companhia não quer sempre dizer segurança
e você começa a aprender
que beijos não são contratos
e presentes não são promessas
e você começa a aceitar suas derrotas
com sua cabeça erguida e seus olhos adiante
com a graça de mulher, não a tristeza de uma criança
e você aprende
a construir todas as estradas hoje
porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos
e futuros têm o hábito de cair no meio do vôo
Depois de um tempo você aprende
que até mesmo a luz do sol queima
se você a tiver demais então você planta seu próprio jardim
e enfeita sua própria alma
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores
E você aprende que você realmente pode resistir
você realmente é forte
você realmente tem valor
e você aprende
e você aprende
com cada adeus, você aprende.


Autoria de Veronica Shoffstall, falsamente atribuído pela internet a William Shakespeare.

Fonte: http://www.autordesconhecido.blogger.com.br


Lagoa Rodrigo de Freitas

Faz muito tempo em que penso qual dos lugares do Rio de Janeiro melhor descreve o Rio. A praia de Copacabana, o Pão de Açucar e o Corcovado são lugares pra turista; mostram belezas naturais do local, mas não dizem quem é o carioca. Pra mostrar o que é o Rio, nada melhor que a Lagoa Rodrigo de Freitas.


Ela fica no coração do Rio. Une Leblon, Ipanema, Jardim Botânico, Gávea. De dia você verá corredores, pessoas caminhando colocando a conversa em dia, famílias brincando com o filhos, bicicletas, cachorros, algodão doce... A alegria do carioca.


De noite o mesmo lugar torna-se outro. Um lugar romântico, com casais curtindo a música dos quiosques (jazz e mpb) ou amigos bebendo um vinho. É impossível ver a luz dos prédios refletidas na água e não entrar em um dos decks. O friozinho da noite é um convite ao abraço mais apertado.


Dica de Site:
http://www.lagoaparque.tv/

quarta-feira, junho 21, 2006

Solidão

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência.


Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.


Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.


Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.


Solidão não é o vazio de pessoas ao nosso lado... isto é circunstância.


Solidão é muito mais que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão, pela nossa alma."


Autoria de Fátima Irene Pinto

sábado, junho 03, 2006

Resolvendo-se

Não adianta tentar ter um relacionamento saudável se você ainda não está bem resolvido como pessoa. E esse "estar pronto" (relativamente falando) passa por entender o mundo e a nossa relação com ele. Como nosso mundo começa com nossos pais, inspirado em Erich Fromm, vou falar um pouco sobre isso.

Nosso primeiro contato com a vida é a mãe, um amor incondicional. A natureza do amor materno é um amor que protege, que quer do lado. Faz parte da maturidade saber se separar dela, com respeito e carinho, mas em algum momento é preciso se separar.

Quando começamos a compreeender mais a vida, descobrimos nosso pai, e seu amor condicional. Ele diz o que é certo, mostra como agir. Mostra-nos como é o mundo sobre a óptica da justiça e sua mecânica. Novamente, em algum momento, é preciso viver sem a sua total aprovação.

Não adianta achar que vai encontrar uma pessoa que vai te preencher algum espaço vazio. Você em algum momento vai ter que fazer isso sozinho, é o seu dever de casa. Qualquer relacionamento antes disso não será saudável e engrandecedor. Ele deve somar, nunca preencher. Mas antes você precisa se tornar seus próprios pais: estar em paz, gostar de sí mesmo como é (incondicional), e saber que existem responsabilidades a serem cumpridas (condicional).